segunda-feira, 4 de janeiro de 2010


Não tenho pena desse salto inerte que me seduz
pelo ego
Esse mergulho profundo no ser é tão vazio quanto
o nada
Mas enquanto o nada do ser for a principal fonte
da busca
Por este vazio quero
me afundar...

sábado, 28 de novembro de 2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

Híbridos, Híbridos, Híbridos.



A palavra "híbridos" sempre me fascinou de diversas formas,
diríamos que me surpreende da pronúncia fonética até
o conteúdo semântico que a envolve.
Portanto uma especulação formal e uma referência musical sempre é cabível.



"Era un gran rancho electrónico
con nopales automáticos,
con sus charros cibernéticos
y sarapes de neón.

Era un gran pueblo magnético
con Marías ciclotrónicas,
tragafuegos supersónicos
y su campesino sideral.

Era un gran tiempo de híbridos.
Era medusa anacrónica,
una rana con sinfónica
en la campechana mental.

Era un gran sabio rupéstrico
de un universo doméstico
Pitecantropus atómico
era líder universal.

Había frijoles poéticos
y también garbanzos matemáticos,
en los pueblos esqueléticos
con sus guías de pedernal.

Era un gran tiempo de híbridos
de salvajes y científicos,
panzones que estaban tísicos
en la campechana mental,
en la vil penetración cultural
en el agandalle transnacional,
en lo oportuno norteño-imperial,
en la desfachatez empresarial
en el despiporre intelectual,
en la vulgar falta de identidad"

Rodrigo Gonzalez - Tiempo De Hibridos
.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

FORMA IN TENSÇÕES

No atelier...

O Trabalho desenvolvido pelo conceito FORMA IN TENSÇÕES é na verdade um objeto de estudo provocado pelas relações resultantes das aplicações de estruturas que sofrem a ação imediata de tensões dinâmicas. O caminho das forças é o principal agente metafísico que desencadeia o esqueleto imaterial do objeto, essas forças são transmitidas por cada ponto elementar que somam como articulações de um organismo, onde a dependência de cada unidade celular é um contexto fundamental e crucial para a organização da trama das relações de forças abrangentes, e da forma como um todo.


A estabilidade do objeto é na verdade uma especulação formal, que não é apenas exercício estético de composições, mas sim o processo justificativo de anular as forças geradas a partir de um princípio ativo por ele mesmo, até que por fim ocorra a estabilidade e gere uma dupla permeação: a harmonia de forças físicas somada à harmonia de intenções plásticas.


Assim o complexo atingido, simboliza a exploração das forças de maneira que esta se aplique através do material a uma forma plástica, por onde se configura e comunica a dinâmica de esforços como estática, elasticidade, atrito, tração, compressão, gravidade, flambagem sob a orientação de coordenadas sensíveis como cheios, vazios, curvas, ordem, caos, ritmo, proporção.


O uso do material (o bambu) simboliza de certa forma a transparência ancestral destas possibilidades. A exploração das propriedades primitivas do material como: a mecânica, forma, textura, cor, fissuras, foram trabalhadas de forma que estas essências pudessem ser mantidas mesmo que colocadas em situação inusitadas.
As interferências como furos, recortes e desgastes das peças são os principais agentes de estruturação do objeto, somando encaixes, apoios e travamentos. Estes são trabalhos manufaturados com a intenção exclusivamente de explorar as características inerentes do material aplicado.


A necessidade de pureza do bambu é a demonstração de como o arranjo do sistema depende exclusivamente do grau de empregabilidade e harmonia das relações inteligentes de seus próprios elementos.


Portanto a definição chave na compreensão do objeto se concentra na palavra equilíbrio, que faz do produto artístico em si uma alusão que torneia de informações os procedimentos técnicos formais da estabilidade de um sistema. Daí onde o caminho transcendente faz-se sentido na lógica do apelo e tendências para contemporaneidade, que é a busca de maneiras para vivenciar a existência com uma nova leitura e reorientação das atividades vitais do homem como: exploração dos recursos naturais, organização dos procedimentos políticos, o desenvolvimento social, a estruturação do modelo econômico, os caminhos da educação, a lógica de criação tecnológica, a comunicação e inter-relação das culturas, entre outros... Mas que por fim gira em torno de um único conceito amplo, a sustentabilidade.

Renato Esteban





terça-feira, 30 de junho de 2009

PULSÕES ERÓTICAS



"O Um tem uma concepção em filosofia, importante a partir dos neoplatônicos.
O Um em psicanálise podemos identificá-lo ao corpo, à noção de narcisismo. Um e narcisismo, em psicanálise, são sinônimos porque o narcisismo é o que faz o Um do corpo.
Antes do narcisismo o corpo é despedaçado, o que pode ser pensado pela concepção de estádio do espelho. O narcisismo é o momento psíquico onde se dá a organização auto-erótica das pulsões parciais em torno de um eixo - o eu é tomado como objeto de investimento das pulsões. Esse eu é o que faz o Um do corpo. Então, o eu narcísico , o corpo imaginário, são sinônimos de Um"

Escrito por Márcio Peter de Souza Leite
A TEORIA DOS GOZOS EM LACAN

Sinestésicamente Música

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A Ordem Caótica das Camadas


O expoente multiplica as facetas do horizonte.
Sei que as formas subtraem ou somam dentro dos planos
E a ordem caótica das coisas são livres de qualquer responsabilidade
Não é que o mundo seja desorganizado por mera subversão
É porque o esmero julga definitivamente a aparência das incógnitas
Por um natural de outro tipo de natureza, a natureza provocada
Os regentes geram a terceira, mais presente e importante camada
Que parece ser a interpretação do gesto, e da redução.
O horizonte divide as facetas do expoente

Suicídio dos Sentimentos


É bem normal que alguns sentimentos tenham que ser assassinados.
Somente com a morte outra vida pode nascer...

Preciso deste retiro... Minha alma não é de apenas um lugar, preciso migrar mais uma vez...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Tempos e Mudanças


Algumas vezes não se sente as coisas mudarem, mas elas continuam mudando silenciosamente por baixo do solo que se imagina estar. Flutuava calmo talvez não percebia o tremor. Estranho ... como se anestésicamente pudesse dar voltas, comunicar, sentir o tato, mas não sentia que o habitat não era mais o mesmo. A vida teve que me tirar o solo por completo para saber que havia algo errado no interior e que o vôo inocente somente me distanciava verticalmente do chão, configurando uma volta que seria um tanto mais impactante.

Curiosamente necessito da introspecção, voltarme a fecundar na terra, guardarme retraído sem asas ao casulo. O ciclo vicioso destas eternas coisas que simulam a força da vida, que se abrem e se fecham, que reinam e entram em decadência... sobretudo quando chega o inverno, o frio dos dias com a mudança rigorosa do horizonte.

A luta não seria exatamente o esforço para abrir a janela, mas sim a busca de alimento para aquecer o interior. Iluminar a nova essência, permitir exalar dos poros um homem mais determinado a transformar as próprias paredes uma morada ao contrário de frágil e violável. É diferente de quando a dor é uma escolha, é diferente de quando você pode fazer algo para mudar as estações da vida. É totalmente diferente de quando você é o semideus com o poder nas mãos de dar caminho às coisas segundo suas próprias vontades.
O homem prepotente se torna peça de tabuleiro, e tem que se comportar da forma que se organiza a trama. Deus movimenta a vida e o corpo tem que ir junto, outra hora move o corpo e a vida se vai, junto.