sábado, 28 de novembro de 2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

Híbridos, Híbridos, Híbridos.



A palavra "híbridos" sempre me fascinou de diversas formas,
diríamos que me surpreende da pronúncia fonética até
o conteúdo semântico que a envolve.
Portanto uma especulação formal e uma referência musical sempre é cabível.



"Era un gran rancho electrónico
con nopales automáticos,
con sus charros cibernéticos
y sarapes de neón.

Era un gran pueblo magnético
con Marías ciclotrónicas,
tragafuegos supersónicos
y su campesino sideral.

Era un gran tiempo de híbridos.
Era medusa anacrónica,
una rana con sinfónica
en la campechana mental.

Era un gran sabio rupéstrico
de un universo doméstico
Pitecantropus atómico
era líder universal.

Había frijoles poéticos
y también garbanzos matemáticos,
en los pueblos esqueléticos
con sus guías de pedernal.

Era un gran tiempo de híbridos
de salvajes y científicos,
panzones que estaban tísicos
en la campechana mental,
en la vil penetración cultural
en el agandalle transnacional,
en lo oportuno norteño-imperial,
en la desfachatez empresarial
en el despiporre intelectual,
en la vulgar falta de identidad"

Rodrigo Gonzalez - Tiempo De Hibridos
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

FORMA IN TENSÇÕES

No atelier...

O Trabalho desenvolvido pelo conceito FORMA IN TENSÇÕES é na verdade um objeto de estudo provocado pelas relações resultantes das aplicações de estruturas que sofrem a ação imediata de tensões dinâmicas. O caminho das forças é o principal agente metafísico que desencadeia o esqueleto imaterial do objeto, essas forças são transmitidas por cada ponto elementar que somam como articulações de um organismo, onde a dependência de cada unidade celular é um contexto fundamental e crucial para a organização da trama das relações de forças abrangentes, e da forma como um todo.


A estabilidade do objeto é na verdade uma especulação formal, que não é apenas exercício estético de composições, mas sim o processo justificativo de anular as forças geradas a partir de um princípio ativo por ele mesmo, até que por fim ocorra a estabilidade e gere uma dupla permeação: a harmonia de forças físicas somada à harmonia de intenções plásticas.


Assim o complexo atingido, simboliza a exploração das forças de maneira que esta se aplique através do material a uma forma plástica, por onde se configura e comunica a dinâmica de esforços como estática, elasticidade, atrito, tração, compressão, gravidade, flambagem sob a orientação de coordenadas sensíveis como cheios, vazios, curvas, ordem, caos, ritmo, proporção.


O uso do material (o bambu) simboliza de certa forma a transparência ancestral destas possibilidades. A exploração das propriedades primitivas do material como: a mecânica, forma, textura, cor, fissuras, foram trabalhadas de forma que estas essências pudessem ser mantidas mesmo que colocadas em situação inusitadas.
As interferências como furos, recortes e desgastes das peças são os principais agentes de estruturação do objeto, somando encaixes, apoios e travamentos. Estes são trabalhos manufaturados com a intenção exclusivamente de explorar as características inerentes do material aplicado.


A necessidade de pureza do bambu é a demonstração de como o arranjo do sistema depende exclusivamente do grau de empregabilidade e harmonia das relações inteligentes de seus próprios elementos.


Portanto a definição chave na compreensão do objeto se concentra na palavra equilíbrio, que faz do produto artístico em si uma alusão que torneia de informações os procedimentos técnicos formais da estabilidade de um sistema. Daí onde o caminho transcendente faz-se sentido na lógica do apelo e tendências para contemporaneidade, que é a busca de maneiras para vivenciar a existência com uma nova leitura e reorientação das atividades vitais do homem como: exploração dos recursos naturais, organização dos procedimentos políticos, o desenvolvimento social, a estruturação do modelo econômico, os caminhos da educação, a lógica de criação tecnológica, a comunicação e inter-relação das culturas, entre outros... Mas que por fim gira em torno de um único conceito amplo, a sustentabilidade.

Renato Esteban